sábado, 13 de fevereiro de 2010

Deleite da alma


A carne acaba

e acordo

de meu sono profundo,

Acordo

para deleite da alma

Levanto para as alturas

a cada sete palmos

que afundo!

Glória!

Vejo as faces angélicas

fitarem-me,

nas órbitas vazias

dos crânios

dos antepassados,

Me sorriem

através

destes sorrisos

já descarnados,

Só um doce

fluído agora,

entre a matéria putrida

e sem importância,

Glória!

Liberdade, afinal!

Na reclusão de meus ossos,

Neste buraco fundo!

Nenhum comentário:

Postar um comentário